Você já olhou para um projeto de impressão 3D e pensou qual filamento resistente à temperatura deveria ser utilizado para materializar aquele objeto? Então, prepare-se para descobrir a resposta no artigo de hoje. Faça frio, faça calor, você já poderá colocar em prática a sua próxima inovação!
Se você já tem algum tempo de experiência ou estudo sobre o universo da impressão 3D, já conhece o potencial dos materiais para criar inúmeros objetos com variadas funções. Então, venha descobrir qual é o melhor filamento 3D para certas temperaturas. Assim, você pode desenvolver peças para vender localmente ou criar protótipos de engenharia!
A resistência térmica de um filamento diz respeito à capacidade que o material tem de manter-se estável mesmo em temperaturas mais altas. Em outras palavras, isso significa que ele não sofrerá deformidades nessas condições.
Um filamento resistente à temperatura passa por alguns testes padronizados que seguem normas rígidas. Um primeiro exemplo que citamos é a “Temperatura de amolecimento VICAT seguindo a norma ISO 306”.
Ainda existem mais dois parâmetros que os fabricantes devem seguir para produzir materiais desse tipo, como “Temperatura de deflexão térmica, seguindo a norma ASTM E 2092” e “Temperatura de deflexão sob carga, seguindo norma ASTM D 648”. Você já conhecia essas informações?
O desafio dessa aventura é que cada fabricante usa um método que, embora padronizado, é levemente diferente dos demais. Isso impossibilita fazer comparações diretamente. Outro ponto é que os testes são dos materiais, e não das peças impressas — porém, algumas das características dos filamentos só ficam evidentes na impressão.
A resistência térmica é importante porque o objeto pode estar suscetível à deformação ou ao derretimento caso seja exposto a temperaturas acima do recomendado. Além disso, o material de impressão 3D perde a funcionalidade quando é destruído devido ao calor excessivo. Portanto, torna-se descartável.
Uma boa notícia é que há uma forma prática de identificar a resistência ao calor. Basta expor uma amostra de filamento para impressora 3D de um objeto já impresso a uma temperatura crescente. Vamos falar melhor sobre esse teste mais à frente. Antes, bora conversar sobre possibilidades de produções com materiais termicamente resistentes?
Em uma resposta curta: depende! A utilidade de um filamento resistente à temperatura pode ser importante para um maker que gosta de fazer impressões ao melhor estilo DIY, ou seja, sem pretensões comerciais. Assim, é possível criar peças para eletrodomésticos e cabos de panela de pressão, por exemplo.
Para aqueles que já começaram a empreender, é possível usar diferentes tipos de filamentos para impressora 3D para elaborar objetos resistentes ao calor. Você pode criar peças para velas, alguns tipos de esculturas e itens para lareiras, por exemplo.
Engenheiros e outros profissionais que lidam com a impressão 3D no dia a dia podem utilizar os materiais mais resistentes para criar peças automotivas, como é o caso do filamento ABS Premium, por exemplo. Engrenagens e protótipos precisam de resistência térmica e mecânica.
Hora da verdade! Desenvolvemos um teste comparativo para padronizar o cenário, buscando o resultado mais preciso possível. Nele, usamos a mesma impressora para testar todas as peças. Porém, é importante dizer que essa é apenas uma forma que encontramos para comparar amostras de materiais impressos, não representando uma testagem padrão.
O objetivo desse teste térmico realizado em várias peças impressas é ajudar você a escolher o material certo para seu projeto. Quer saber se deve usar PLA ou PETG? Chegou a hora de descobrir o filamento resistente à temperatura mais adequado para as suas produções!
Perto dos 40ºC, o primeiro material a ceder no teste foi a resina ABS Like, que não apresenta resistência elevada. Já aos 45ºC, o Nylon Tecplus falhou — o motivo é a necessidade do pós-processamento para manter as propriedades térmicas. Com o recozimento, a peça teria resistido a mais de 80ºC.
O PLA, sem o tratamento de alta temperatura, também cedeu logo: aos 57ºC. Na sequência, foi a vez do PETG falhar aos 65ºC. Ainda fora do top 3, ficou o PS, que desabou antes dos 80ºC.
Vamos aos três melhores colocados no teste? PP, Nylon em Pellets e Tecplus, que terminou com um resultado superior, apresentaram boa resistência à temperatura final, que alcançou impressionantes 120ºC.
Vale destacar novamente que nosso objetivo aqui não foi apresentar um teste de alta precisão, mas ter uma noção básica sobre a faixa de temperatura adequada para a utilização dos materiais em peças impressas.
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